quinta-feira, 15 de outubro de 2009

História da ciência

História da ciência
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História da ciência

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A História da ciência é a área do conhecimento que investiga o evoluir do pensamento científico e da sua interacção com as sociedades humanas. O termo é frequentemente utilizado com um significado muito amplo. Tal disciplina está estreitamente ligada com a Sociologia da ciência e a Filosofia da ciência.

Índice [esconder]
1 Surgimento da ciência na Grécia
1.1 Da Escolástica à Renascença
2 Matemática e Lógica não são ciências
3 Pilares do pensamento científico
4 Grandes pensadores da ciência
5 Filósofos da ciência
6 Sociólogos da ciência
7 Ver também
8 Bibliografia


[editar] Surgimento da ciência na Grécia

A morte de Sócrates, por Jacques-Louis David, 1787.Sócrates, sereno, aponta para o alto, enquanto seus amigos e o próprio carcereiro lamentam a condenação.O pensamento científico surgiu na Grécia Antiga aproximadamente no século VI a.C. com os pensadores pré-socráticos que foram chamados de Filósofos da Natureza e também Pré-cientistas. Foi um período onde a sociedade ocidental, saiu de uma forma de pensamento baseada em mitos e dogmas, para entrar no pensamento científico baseado no Ceticismo. Muitos livros, apresentam este ou aquele pensador pré-socrático como pai do pensamento científico, mas isso não é verdade, pois todos esses pensadores contribuíram de uma forma ou de outra para a formação do pensamento científico.

O pensamento dogmático coloca as idéias como sendo superiores ao que se observa. O Pensamento Cético coloca o que é observado como sendo superior às idéias. Um dogma é uma idéia e por mais que se observe fatos que destruam o dogma, uma pessoa com pensamento dogmático irá preservar o seu dogma. Para a ciência uma teoria é uma idéia, mas se observarmos fatos que comprovem a falsidade da idéia, o cientista tem a obrigação de destruir ou modificar a teoria.

Foi na época de Sócrates e seus contemporâneos, que o pensamento científico se consolidou, principalmente com o surgimento do conceito de prova científica, ou repetição do fato observado na natureza. Quando esse processo de modificação no pensamento Grego terminou, aproximadamente noventa por cento dos Gregos haviam se tornado ateus. Sócrates foi condenado à morte e teve de tomar cicuta, pois foi julgado culpado de estar desvirtuando a juventude. Os gregos acabaram por destruir sua própria religião.

Tanto as religiões como a ciência tentam descrever a natureza e dar uma explicação para a origem do universo. A diferença está na forma de pensar de um cientista. O cientista não aceita descrever o natural com o sobrenatural. Para o cientista é necessário provas observadas e o que se observa sempre destrói as idéias. Para um cientista a ciência é uma só, pois a natureza é apenas uma. Sendo assim, as idéias da Física devem complementar as idéias da química, da paleontologia, geografia e assim por diante. Embora a ciência seja dividida em áreas, para facilitar o estudo, ela ainda continua sendo apenas uma.

[editar] Da Escolástica à Renascença

René Descartes (pintura de Frans Hals)Durante a Idade Média, os cristãos dominavam as escolas da época, e por isso seus pensadores foram chamados de Filósofos Escolásticos. Esses pensadores criaram uma visão dogmática de ciência que ainda hoje é encontrada em livros e enciclopédias da atualidade, e não admitiam o uso da matemática como forma de análise científica. Somente aceitavam o uso da dialética e a lógica aristotélica como forma de análise científica, que devia ser apresentada através de teses. Esta prática ainda é observada em algumas universidades da atualidade. O pensamento de Agostinho tentava unir a fé e a razão, sendo o primeiro filósofo cristão, o que fez surgir um pensamento equivalente ao pensamento que havia antes dos pré-socráticos. O resultado disso é que quase nada de científico foi produzido durante a Idade Média.

Na Renascença, os pensadores retomaram o pensamento científico dos pré-socráticos. Galileu Galilei se atreve a usar a matemática como forma de análise científica, o que resultou na sua perseguição pelos Escolásticos. Descartes ao ver o que havia ocorrido com Galileu, reduziu suas críticas aos escolásticos, mesmo assim usando a matemática para a análise científica. Após a retomada do pensamento científico pré-socrático voltamos a evoluir cientificamente.

[editar] Matemática e Lógica não são ciências
Já na Grécia Antiga, os filósofos pré-socráticos, discutiam se iriam atingir a verdade através das palavras ou através dos números. Os sofistas, defendiam que iriam atingir a verdade através das palavras. Os pitagóricos , seguidores de Pitágoras, defendiam que atingiriam a verdade através dos números.

Aristóteles, que era sofista, criou o pensamento lógico dedutivo. Lógica deriva da palavra grega logos, que para os gregos significava palavra ou sabedoria. Durante a Idade Média, o pensamento lógico dedutivo foi usado abundantemente pelos Filósofos Escolásticos, e o resultado foi um total vazio científico durante a Idade Média. Francis Bacon, na Renascença, afirmava que A lógica de Aristóteles é ótima para criar brigas e contendas, mas totalmente incapaz de produzir algo de útil para a humanidade.

Sócrates, Platão e Demócrito, que eram pitagóricos, defendiam que somente a matemática traz clareza ao pensamento.

O pensamento lógico já se demonstrou ineficiente para criação de teorias científicas e para descrever a natureza. René Descartes, grande cientista e matemático da Renascença, já afirmava que: Matemática é uma ferramenta para se fazer ciência, mas não é uma ciência.

Isso ocorre, pois as palavras e os números não existem na natureza, e portanto não é ciência. Mas, a matemática já se mostrou uma ótima ferramenta para o estudo e formulação de teorias cientificas.

[editar] Pilares do pensamento científico

Galileu Galilei, por Justus Sustermans, 1636.O pensamento científico tem mais de dois mil anos e alguns pontos formam os pilares básicos desse pensamento. Um cientista jamais pode contrariar estes princípios, já testados pela humanidade:

O principal objetivo da ciência é descrever a natureza. É por esse motivo que a matemática, lógica, direito e outras áreas, jamais foram classificadas como áreas científicas.
Basta que apenas um fato seja observado e a idéia teórica deve ser modificada ou destruída. É por isso que a Astrologia, não é classificada como ciência, pois vários fatos são observados que contrariam a Astrologia, e mesmo assim suas idéias continuam as mesmas, há mais de quatro mil anos.
Princípio do Uno, ou seja a ciência é única, pois a natureza é uma só. É o caso da psicologia, que nunca foi considerada uma área científica, pois suas idéias não conseguem se unir a Física, Química e Biologia, além de estarem baseados em sofismas, sem a existência de equações matemáticas que provem as idéias.
Conceito de prova, ou repetição do fato observado. É outro motivo pelo qual a psicologia e astrologia, não são classificadas como ciência, já que os fatos observados por psicólogos e astrólogos, não conseguimos repetir.
Não usar o sobrenatural e metafísico para descrever a natureza. É o caso da teologia e várias áreas religiosas, que não são consideradas áreas científicas.
[editar] Grandes pensadores da ciência
Os grandes cientistas e filósofos que marcaram a história da ciência foram:

Isaac Newton

· Suas descobertas durante o século XVII guiaram os estudos da física pelos 200 anos seguintes; · Por trás de fenômenos aparentemente banais, construiu a base de teorias revolucionárias; · Nasceu em 25 de Dezembro de 1642, em Woolsthorpe, na Inglaterra; · Em 1661, com 18 anos, ingressa na universidade de Cambridge, estudou matemática e filosofia; · Em 1668, depois de idealizar as leis de reflexão e refração de luz, construiu o primeiro telescópio reflexivo; · Em 1669, assume o cargo de professor de matemática na universidade de Cambridge; · Em 1672, é convidado para a Real Sociedade Britânica; · Em 1687, publica "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural", o famoso Principia, em que descreve as leis da gravidade e dos movimentos; · Em 1696, é nomeado Guardião da Casa da Moeda; · Em 1705, ele recebe um título de nobreza da rainha Anne e passa a se chamar Sir Isaac Newton; · Em 1727, ele morre, no dia 20 de março e é enterrado na abadia londrina de Westminster, na Inglaterra.

Galileo Galilei

· Viveu entre 1564 e 1642; · Criticava Aristóteles dizendo que "A tradição e a autoridade dos antigos sábios não são fontes de conhecimento científico" e que a única maneira de compreender a natureza é experimentando; · Achava que fazer ciência é comprovar através da experiência; · Dizia que "o livro da natureza é escrito em caracteres matemáticos"; · foi acusado, pelas autoridades, de ser inimigo da fé. Foi julgado pelo tribunal do Santo Ofício, a Inquisição. Ele reconheceu diante dos inquisitores que estava "errado", para terminar suas pesquisas. Segundo a lenda, ele disse baixo: "Eppur si muove", ou, "mas ela se move", ou seja, que a Terra não é um ponto fixo no centro do universo. · A história de Galileu é um exemplo célebre de como a violação à liberdade de opinião das pessoas pode ser altamente prejudicial ao desenvolvimento das ciências.

René Descartes (1596 a 1650))

· Demonstrou como a matemática poderia ser utilizada para descrever as formas e as medidas dos corpos; · Inventou a geometria analítica; · Sua obra mais famosa chama-se "discurso sobre o método" (1636). Nela, Descartes procura nos convencer que o raciocínio matemático deveria servir de modelo para o pensamento filosófico e para todas as ciências; · Uma das frases mais célebres da história do pensamento filosófico é: "Penso, logo existo." Ele acreditava que dessa verdade ninguém poderia duvidar. · O raciocínio matemático é baseado, principalmente, na lógica dedutiva, em que nós partimos de uma verdade para encontrarmos outras verdades, ou seja, que uma verdade é conseqüência da outra.

· Francis Bacon (1561 a 1626)

Mostrou a importância da experimentação para a aquisição dos conhecimentos científicos;

· Nicolau Copérnico (1473 a 1543):

Mostrou que o sol fica no centro do sistema, mas, achava que a órbita da Terra era uma circunferência perfeita, o que está errado, mas, o alemão Kepler (1571 a 1630) o corrigiu, mostrando que a distância da terra e do sol é variável, em forma de elipse.

· Louis Pasteur (1822 a 1895)

Foi o primeiro cientista a provar que seres invisíveis a olho nu, os microorganismos, são os responsáveis por diversas doenças. Suas descobertas ajudaram a salvar vidas e abriram as portas para o avanço da microbiologia e da imunologia;

· Francesco Redi (1626 a 1698):

Era um médico italiano e demonstrou que não existia a geração espontânea, uma idéia aristotélica. Ele fez uma experiência: Ele colocou carne em vários vidros. Deixou alguns abertos e cobriu outros com um tecido fino de algodão, que permitisse a entrada de ar. Este tecido era importante, pois para os defensores da geração espontânea, o ar era fundamental para que o fenômeno acontecesse. Se a teoria da geração espontânea fosse verdadeira, as larvas de moscas deveriam aparecer tanto nos vidros abertos quanto nos vidros cobertos com gaze, mas, após alguns dias, surgiram larvas só nos vidros abertos. Redi mostrou, então, que as larvas surgiam das moscas, e não por geração espontânea. As moscas podiam entrar nos vidros abertos e depositar seus ovos sobre a carne, mas não conseguiam entrar naqueles cobertos pelo tecido.

[editar] Filósofos da ciência
Alexandre Koyré
Imre Lakatos
Thomas Kuhn
Karl Popper
[editar] Sociólogos da ciência
David Bloor
[editar] Ver também
Ciência
Ciência medieval
Pseudociência
Método científico
Paradigma
Epistemologia
Filosofia da ciência
Lógica
Aristóteles
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
[editar] Bibliografia
Livros que tratam da evolução do pensamento cientifico:

História da Filosofia. (em português) Autor : Will Durant. Tradução: Luiz Carlos do Nascimento Silva. Editora Nova Cultural. Comentários : Ótima leitura para compreender a evolução do pensamento ocidental.
Pré-Socráticos. Comentários : Existem vários livros sobre o assunto e de várias editoras. É uma boa leitura, principalmente para se compreender o que ocorreu na época e as mudanças de pensamento dos Gregos.
Helge Kragh. Introdução à historiografia da ciência. Porto: Porto Editora, 2003.
Thomas S. Kuhn. A estrutura das revoluções científicas. 9a ed. São Paulo: Perspectivas, 2005.
____ A tensão Essencial.
John L. Heilbron, ed., The Oxford companion to the history of modern science. New York: Oxford University Press, 2003.



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