sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Luiz Inácio Lula da Silva e copa do mundo

Luiz Inácio Lula da Silva
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Luiz Inácio Lula da Silva


35° Presidente do Brasil
Mandato
1 de janeiro de 2003 até
atualidade
Vice-presidente José Alencar
Precedido por Fernando Henrique Cardoso

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Nascido em 27 de Outubro de 1945 (63 anos)
Caetés, PE
Partido político Partido dos Trabalhadores (PT)
Esposa Marisa Letícia Rocco Casa
Profissão Metalúrgico e sindicalista
Luiz Inácio Lula da Silva[1] (Caetés, 27 de outubro de 1945[2]) é um político e ex-sindicalista brasileiro, trigésimo quinto e atual presidente da República Federativa do Brasil, cargo que exerce desde o dia 1º de janeiro de 2003.

Lula, forma hipocorística de "Luís", é sua alcunha desde os tempos em que era representante sindical. Posteriormente, este apelido foi oficialmente adicionado ao seu nome legal para poder representá-lo eleitoralmente.

Lula é co-fundador e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1990, foi um dos fundadores e organizadores, junto com Fidel Castro, do Foro de São Paulo, que congrega parte dos movimentos políticos de esquerda da América Latina e do Caribe.

Lula é o brasileiro que mais vezes se candidatou à presidência da República do Brasil, sendo candidato a presidente cinco vezes:

1989 (perdeu para Fernando Collor de Mello)
1994 (perdeu para Fernando Henrique Cardoso)
1998 (perdeu para Fernando Henrique Cardoso)
2002 (derrotou José Serra, no segundo turno)
2006 (derrotou Geraldo Alckmin, no segundo turno).
Em 2006 ultrapassou Rui Barbosa, que se candidatou quatro vezes.

Com carreira política feita no estado de São Paulo, Lula é o único presidente do Brasil nascido em Pernambuco.

Segundo a revista americana Newsweek, é 18° lugar das pessoas mais poderosas do mundo. O 1° posto é ocupado pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama.[3]

Índice [esconder]
1 Infância
2 Educação e trabalho
3 Operário e sindicalista
4 Carreira política até a presidência
5 O Governo Lula
5.1 Política externa
6 Polêmicas sobre a reeleição
6.1 Distinção entre candidato e presidente
7 Repercussão internacional de sua reeleição
8 Casamentos e filhos
9 Honrarias
10 Cronologia sumária
11 Referências
12 Bibliografia
13 Ver também
14 Ligações externas


Infância
Luiz Inácio da Silva nasceu em 6 de outubro de 1945 e foi registrado no dia 27 de outubro de 1945 no então distrito de Caetés, município de Garanhuns, interior do estado de Pernambuco. É o sétimo de oito filhos de Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Melo. Quando tinha apenas duas semanas de vida, seu pai decidiu tentar a vida como estivador em Santos, levando consigo Valdomira Ferreira de Góis, uma prima de Eurídice, com quem formaria uma segunda família.

Em dezembro de 1952, quando Lula tinha apenas sete anos de idade, Eurídice decidiu migrar para o litoral do estado de São Paulo com seus filhos para se reencontrar com o marido. Após treze dias de viagem num transporte conhecido como "pau-de-arara", chegaram na cidade de Guarujá e descobriram a existência da segunda família de Aristides. A convivência forçada causou atrito e, quatro anos depois, Eurídice levou os filhos para morar consigo num cômodo atrás de um bar localizado na Vila Carioca, bairro da cidade de São Paulo. Após a separação, Lula quase não se reencontrou mais com seu pai, que morreu em 1978.

Educação e trabalho
Durante o período em que as duas famílias de seu pai conviveram, Lula foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. A fim de contribuir na renda familiar, começou a trabalhar aos doze anos, em uma tinturaria. Durante o mesmo período também trabalhou como engraxate e office-boy. Aos catorze anos começou a trabalhar nos Armazéns Gerais Columbia, onde teve a carteira de trabalho assinada pela primeira vez. Transferiu-se depois para a Fábrica de Parafusos Marte. Pouco depois, conseguiu uma vaga no curso técnico de torneiro mecânico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Formou-se três anos mais tarde e, em 1963, empregou-se na metalúrgica Aliança, onde acidentou-se numa prensa hidráulica, o que lhe fez perder o dedo mínimo da mão esquerda.

Operário e sindicalista
Alguns anos depois, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde, em 1968, filiou-se ao Sindicato dos Metalúrgicos. Em 1969 foi eleito para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos da cidade. Em 1975 foi eleito presidente do mesmo sindicato. Reeleito em 1978, foi uma das lideranças sindicais que restauraram a prática de greves públicas de larga escala, que haviam cessado de ocorrer desde o endurecimento repressivo da ditadura militar na década anterior.

Durante o movimento grevista, a idéia de fundar um partido representante dos trabalhadores amadureceu-se, e, em 1980, Lula se juntou a sindicalistas, intelectuais, católicos militantes da Teologia da Libertação e artistas para formar o Partido dos Trabalhadores (PT).

Carreira política até a presidência

Lula como deputado federal durante a Constituinte de 1988.Em 1981, no curso de uma greve no ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo sofreu intervenção aprovada por Murilo Macedo, então ministro do Trabalho do general João Baptista Figueiredo, e Lula foi detido por vinte dias nas instalações do DOPS paulista.

Alterou judicialmente seu nome de Luiz Inácio da Silva para Luiz Inácio Lula da Silva, visando a usar o nome em pleitos eleitorais; a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos.

Em 1982, Lula participou das eleições para o governo de São Paulo e perdeu. Em 1984, participou, ao lado de Ulysses Guimarães, da campanha Diretas Já, que clamava pela volta de eleições presidenciais diretas no país. Lula foi uma das personalidades mais importantes da campanha.[carece de fontes?]

A campanha Diretas Já não teve sucesso e as eleições presidenciais de 1984 foram feitas por um Colégio Eleitoral de forma indireta. Lula e o PT abstiveram-se de participar desta eleição. O processo indicará o governador de Minas Gerais Tancredo Neves, que participou ativamente na campanha das Diretas Já, como novo presidente do Brasil.

Com a morte de Tancredo Neves, antes da sua posse como presidente, assume a presidência o vice José Sarney. Lula e o PT decidem firmar uma posição independente, mas logo se encontram no campo da oposição ao novo governo.

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo com a maior votação histórica para a Câmara Federal até aquele momento, tendo participado da elaboração da Constituição Federal de 1988.

Um tanto quanto desinteressado da atuação parlamentar, Lula não se candidata à reeleição como deputado, preferindo, a partir do início da década de 1990, intensificar suas atividades pelo partido, colaborando a estruturar as seções regionais do PT. Sua participação neste processo é que o tornou uma figura essencial, simbólica e incontestável dentro do partido, mesmo depois de suas sucessivas derrotas eleitorais.[carece de fontes?]

Em 1989, realizou-se a primeira eleição direta para presidente desde o golpe militar de 1964. Lula se candidatou a presidente mas perdeu. Fernando Collor de Mello, candidato do PRN, que recebeu apoio de considerável parte da população que se sentia intimidada ante a perspectiva do ex-sindicalista, radical e alinhado às teses de esquerda chegar à Presidência, é eleito presidente.

A campanha de Fernando Collor contra Lula, no segundo turno, foi fértil em práticas tidas, na época, por moralmente duvidosas, e que combinavam preconceitos políticos e sociais: Lula foi identificado como um trânsfuga do comunismo, a quem a queda do Muro de Berlim havia transformado em anacronismo, e seus atos político-eleitorais (comícios, passeatas) foram descritos com conotações desmoralizantes (segundo o acadêmico Bernardo Kucinski tal teria sido facilitado pela infiltração de agentes provocadores de Collor nos comícios do PT[4]). Collor acusou ainda Lula de desejar seqüestrar ativos financeiros de particulares (o que a equipe econômica do futuro governo Collor fez após sua eleição).[5]

Inumeráveis articulistas da grande imprensa pronunciaram-se de forma indecorosa sobre Lula: o comentarista Paulo Francis o chamou de "ralé", "besta quadrada" e disse que se ele chegasse ao poder, o país viraria uma "grande bosta". Além disso, uma antiga namorada de Lula, com a qual ele teve uma filha, surgiu durante a propaganda de Collor, durante o segundo turno das eleições, para acusar seu ex-namorado de "racista" e de ter lhe proposto abortar a filha que tiveram[6]

Às vésperas da eleição, a Rede Globo promoveu um debate final entre ambos os candidatos e, no dia seguinte, levou ao ar uma versão editada do programa em sua exibição no Jornal Nacional. O diretor do Gallup Carlos Eduardo Matheus, entre outros, sustentou que a edição foi favorável a Collor e teria influenciado o eleitorado[7] (fato este admitido mais tarde por várias memórias de participantes do evento, mostrado no documentário Beyond Citizen Kane). A eleição propriamente dita comportou ainda a alegada manipulação política do seqüestro do empresário do setor de supermercados Abílio Diniz, que, ao ser libertado de seu cativeiro no dia da eleição, apareceu vestindo uma camisa do PT.[8]

Apesar da sua derrota em 1989, a liderança de Lula no PT permaneceu incontrastável, assim como seu prestígio internacional, expresso no fato de que ele surgiu em pé de igualdade com Fidel Castro quando da fundação do Foro de São Paulo,em São Bernardo do Campo, em 1990. Tratava-se de um encontro periódico de lideranças partidárias que visava congregar e reorganizar as esquerdas latino americanas, que estavam politicamente desorganizadas com a expansão do neoliberalismo após a queda do muro de Berlin.

Em 1992 Lula apoiou o movimento pelo impeachment do presidente Fernando Collor que se via envolvido em várias denuncias de corrupção. O presidente Fernando Collor foi afastado temporariamente e no final de 1992 renunciou ao cargo. Lula e o PT permanecem na oposição e se tornaram críticos do plano econômico implementado no final do governo assumido por Itamar Franco, o Plano Real.[carece de fontes?]

Em 1994, Luiz Inácio Lula da Silva voltou a candidatar-se à presidência e foi novamente derrotado, dessa vez pelo candidato do PSDB, Fernando Henrique Cardoso. Em 1998, Lula saiu pela terceira vez derrotado como candidato à presidência da República, que se reelege no primeiro turno da campanha presidencial. No entanto, foi claramente reconhecido como liderança incontestável da Esquerda brasileira ao apresentar-se numa chapa que tinha como candidato à vice-presidência o seu antigo rival Leonel Brizola, que havia disputado arduamente com Lula sua ida ao segundo turno das eleições de 1989 como adversário de Collor. Lula tornou-se um dos principais opositores da política econômica do governo de Fernando Henrique, sobretudo da política de privatização de empresas estatais realizadas nesse período.

A desvalorização do real em janeiro de 1999, logo após a eleição de 1998, as crises internacionais, deficiências administrativas como as que permitiram o Apagão de 2001, e principalmente o pequeno crescimento econômico no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso fortaleceram a posição eleitoral de Lula nos quatro anos seguintes. Abdicando dos "erros" cometidos em campanhas anteriores, como a manifestação de posições tidas por radicais, Lula escolhe para candidato à Vice-Presidência o senador mineiro e empresário têxtil José Alencar, do PL, partido ao qual o PT se aliou. A campanha eleitoral de Lula optou em 2002 por um discurso moderado, prometendo a ortodoxia econômica, respeito aos contratos e reconhecimento da dívida externa do país, conquistando a confiança de parte da classe média e do empresariado.

Em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro da Saúde e então senador pelo Estado de São Paulo José Serra do PSDB. No seu discurso de posse, Lula afirmou: "E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país."

Em 29 de outubro de 2006, Lula é reeleito no segundo turno, vencendo o ex-governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin do PSDB, com mais de 60% dos votos válidos. Após esta eleição, Lula divulgou sua intenção de fazer um governo de coalizão, ampliando assim sua fraca base aliada. O PMDB passa à integrar a estrutura ministerial do governo.

O Governo Lula

Lula cumprimenta populares no município de Salto, durante visita às futuras instalações do Centro Federal de Educação Tecnológica.Ver artigo principal: Governo Lula
Na área econômica a gestão do Governo Lula é caracterizada pela estabilidade econômica, e uma balança comercial superavitária. O endividamento interno cresceu de 731 bilhões de reais (em 2002) para um trilhão e cem bilhões de reais em dezembro de 2006, diminuindo, todavia a proporção da dívida sobre Produto Interno Bruto. Concomitantemente, a dívida externa teve uma queda de 168 bilhões de reais.

Durante o governo Lula houve incremento na geração de empregos. Segundo o IBGE, de 2003 a 2006 a taxa de desemprego caiu e o número de pessoas contratadas com carteira assinada cresceu mais de 985 mil, enquanto o total de empregos sem carteira assinada diminuiu 3,1%. Já o total de pessoas ocupadas cresceu 8,6% no período de 2003 a 2006.

Na área de políticas fiscal e monetária, o governo de Lula caracterizou-se por realizar uma política econômica conservadora. O Banco Central goza de autonomia prática, embora não garantida por lei, para buscar ativamente a meta de inflação determinada pelo governo. A política fiscal garante a obtenção de superávits primários ainda maiores que os observados no governo anterior (4,5% do PIB contra 4,25% no fim do governo FHC). No entanto, críticos apontam que esse superávit é alcançado por meio do corte de investimentos, ao mesmo tempo em que aumento de gastos em instrumentos de transferência de renda como o Bolsa Família, salário-mínimo e o aumento no déficit da Previdência.

Em seu primeiro ano de governo, Lula empenhou-se em realizar uma reforma da previdência, por via de emenda constitucional, caracterizada pela imposição de uma contribuição sobre os rendimentos de aposentados do setor público e maior regulação do sistema previdenciário nacional.

A questão econômica tornou-se conseqüentemente a pauta maior do governo. A minimalização dos riscos e o controle das metas de inflação de longo prazo impuseram ao Brasil uma limitação no crescimento econômico, o qual porém realizou-se a taxas maiores do que foram alcançados durante o governo anterior, com um crescimento média anual do PIB de 3,35%, contra 2,12% médios do segundo mandato de FHC.

Ressalvam os críticos, no entanto, que os baixos índices inflacionários foram conseguidos a partir de políticas monetárias restritivas, que levaram a um crescimento dependente, por exemplo, de exportações de commodities agrícolas (especialmente a soja), que não só encontraram seus limites de crescimento no decorrer de 2005, como também tem contribuído para o crescimento dos latifúndios.

As relações políticas do governo Lula com a oposição e a Mídia foram conturbadas. Eleito presidente com uma bancada minoritária, formada pelo PT, PSB, PCB, PCdoB e PL, Lula partiu para a cooptação de partidos mais à direita do espectro político brasileiro. Conseguiu apoio do PP, PTB e parcela do PMDB, às custas de dividir com estes o poder. Após dois anos de governo mantendo maioria no congresso, o que facilitava a aprovação de projetos de interesse do executivo, uma disputa interna de poder entre os partidos aliados (PT, PSB, PCdoB, PL, PP, PTB) resultou no escândalo do mensalão.

Já em maio de 2004, o governo chegou a pensar em expulsar do país o jornalista americano Larry Rohter, do jornal The New York Times, por divulgar boatos sobre a suposta propensão de Lula a beber.

Após denúncias do então deputado do PTB Roberto Jefferson, envolvido em esquema de propina na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, houve enorme desarranjo político entre o poder executivo e sua base, aumentado o grau de ataque dos partidos de oposição. Essa crise desdobrou-se em outras, que geraram certa paralisia no governo federal, inclusive com a queda de ministros e a cassação de deputados. Nesse período, compreendido entre abril e dezembro de 2005, o índice de aprovação do governo Lula atingiu o seu mais baixo percentual desde o começo de seu mandato. Também houve a demissão dos ministros José Dirceu, Benedita da Silva, Luiz Gushiken, por suspeitas de envolvimento em casos de corrupção ou prevaricação.Em janeiro de 2006, com o desgaste do Poder Legislativo em meio a absolvições de congressistas envolvidos no mesmo esquema, julgados por seus pares por envolvimento em episódios de improbidade, Lula consegue reagir, desvia-se dos escândalos e volta a ter altos índices de popularidade. O caso da venda de um dossiê para petistas em São Paulo, contendo informações sobre supostas irregularidades na gestão de José Serra no Ministério da Saúde, a menos de dois meses do primeiro turno das eleições de 2006, não diminuiu os índices de popularidade do presidente.

No entanto, continuaram a ser ventilados casos como o do filho de Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o "Lulinha", que teria supostamente enriquecido após fechar contrato de quinze milhões de reais com a empresa de telecomunicações Telemar,[9] da qual o governo é acionista.

No começo do ano de 2008 iniciou-se uma nova crise: a do uso de cartões corporativos. Denúncias sobre irregularidades sobre o uso de cartões corporativos começaram a aparecer. As denúncias levaram à demissão da Ministra da Promoção da Igualdade Racial Matilde Ribeiro, que foi a recordista de gastos com o cartão em 2007.[10] O ministro dos Esportes Orlando Silva devolveu aos cofres públicos mais de R$ 30 mil, evitando uma demissão.[11] A denúncia que gerou um pedido de abertura de CPI por parte do Congresso foi a utilização de um cartão corporativo de um segurança da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva, com gasto de R$ 55 mil entre abril e dezembro de 2007. A investigação, no entanto, contou com a abrangência desde o período de governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. A imprensa revelou que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalhava gastos da família de FHC e que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI, mas a Casa Civil negou a existência do dossiê.[12] Meses depois, sob críticas da oposição, a CPI dos Cartões Corporativos isentou todos os ministros do governo Lula acusados de irregularidades no uso dos cartões e não mencionou a montagem do dossiê com gastos do ex-presidente FHC.[13]

Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no dia 17 de Dezembro de 2006, mostra que Lula era apontado espontaneamente por 35% dos entrevistados como o melhor presidente que o Brasil já teve. Ao final de 2002, Fernando Henrique Cardoso obtinha 18% de preferência. Depois de Lula, vinham FHC (12%), JK (11%), Getúlio (8%) e José Sarney (5%). Lula obtinha ainda a maior taxa de aprovação de um presidente brasileiro ao final de mandato captada pelo instituto (que faz essa medição desde a volta do país à democracia) - 52% consideravam seu governo ótimo ou bom. Após obter o recorde de aprovação de um presidente, (55% afirmavam ser seu governo ótimo ou bom em março de 2008,[14] o maior índice desde o início das pesquisas em 1990), Lula volta a quebrá-lo em Setembro de 2008 com 64% de avaliação conceitual ótimo ou bom.[15]


Ao lado do vice-presidente José Alencar, o presidente Lula sobe a rampa do Palácio do Planalto na cerimônia de posse para seu segundo mandato.Para seu segundo mandato, Lula conta com apoio de uma coalizão de doze partidos (PT, PMDB, PRB, PCdoB, PSB, PP, PR, PTB, PV, PDT, PSC e PAN), cujos presidentes ou líderes têm assento no Conselho Político, que se reúne periodicamente (normalmente a cada semana) com Lula.

Além disso, PTdoB, PMN e PHS também fazem parte da base de apoio do governo no Congresso, totalizando quinze partidos governistas. Lula havia lançado, no dia da reeleição, a meta de crescimento do PIB a 5% ao ano para seu segundo mandato. Não obstante, no dia 22 de janeiro, foi lançado o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um conjunto de medidas que visa a aceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira, com previsão de investimentos de mais de 500 bilhões de reais para os quatro anos do segundo mandato do presidente, além de uma série de mudanças administrativas e legislativas. O PAC previa um crescimento do PIB de 4,5% em 2007 e de 5% ao ano até 2010, apesar de que prevê uma inflação maior, de 4,5% (o que é criticado por especialistas, pois o governo defende uma inflação maior no fim do mandato do que no início dele).

O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que estabelece o objetivo de nivelar a educação brasileira com a dos países desenvolvidos até 2021 e prevê medidas até 2010 (entre elas a criação de um índice para medir a qualidade do ensino e de um piso salarial para os professores de escolas públicas), foi lançado oficialmente no dia 24 de abril no Ministério da Educação. Espera-se para os próximos meses o lançamento do Pronasci (Programa Nacional de Segurança com Cidadania - nome provisório), que prevê, entre outras medidas, a criação de um piso salarial nacional para policiais civis e militares e um programa de habitação para policiais, visando retirá-los das áreas de risco. A partir da criação da Secretaria Nacional dos Portos, no dia 7 de maio de 2007, o governo passou a ter 37 ministérios. E, com a nomeação do filósofo Roberto Mangabeira Unger (para a SeAlopra - Secretaria especial para Ações de Longo Prazo), o governo passou a ter 38 Ministérios - com mais críticas de especialistas, por tirar uma área estratégica do governo do ministério do Planejamento.

No dia 15 de maio de 2007, Lula concedeu sua segunda entrevista coletiva formal desde que assumiu a Presidência da República e a primeira de seu segundo mandato. No dia 26 de outubro de 2007, Lula faz uma visita à Universidade Federal do Rio de Janeiro na Ilha do Fundão no Rio de Janeiro, onde teve a oportunidade de conhecer a criação de um novo tipo de combustível extraído do bagaço da cana de açúcar.

Na economia, o ano de 2007 é marcado pela retomada da atividade em vários setores, em virtude principalmente da recuperação da renda da população e pela expansão do crédito no País. O maior destaque é a Agropecuária, cujo desempenho foi puxado pelo aumento do consumo interno de alimentos e da demanda internacional por commodities. As melhores condições de renda e crédito também incrementaram o desempenho da Indústria, com destaque para os recordes de produção do setor automotivo, além do setor de Construção Civil. Com a retomada, o PIB brasileiro apresentou expansão de 5,4% em 2007, a maior taxa de crescimento desde 2004, quando houve crescimento de 5,7%.[16]

Em 2008, quando o aquecimento da demanda e da atividade econômica nacional já geravam preocupações para o cumprimento das metas de inflação e obrigavam o Banco Central a apertar a política monetária por meio do aumento da taxa básica de juros, a crise financeira mundial originada nos Estados Unidos atingiu o Brasil no último trimestre. Mas, como o primeiro semestre ainda havia apresentado um desempenho econômico forte, o PIB nacional terminou o ano com uma taxa de expansão de 5,1%.[17]

Já sob influência dos impactos da crise financeira global especialmente no aumento do desemprego no País no primeiro bimestre de 2009, a aprovação do governo Lula, que, em dezembro de 2008, havia batido novo recorde, ao atingir, segundo a Pesquisa Datafolha, a marca de 70% de avaliação de "ótimo" ou "bom",[18] sofreu queda em março de 2009, para 65%. Foi a primeira redução observada no segundo mandato do presidente.[19]

Política externa

Encontro com Fidel Castro no Palácio da Revolução.Dentre suas diretrizes de trabalho está a atuação defensiva na área de Relações Exteriores, com atuação estrategicamente focada na OMC e formação de grupos de trabalho formados por países em desenvolvimento, bem como interações específicas com a União Européia, melhorando a exposição do país internacionalmente}}. Essa forte atuação gerou resultados na ampliação do comércio brasileiro com diversos países e na conseqüente diminuição da dependência dos Estados Unidos e da União Européia nas exportações brasileiras.

Ainda na política externa, o governo Lula atua para integrar o continente Sul Americano, expandir e fortalecer o Mercosul, obtendo alguns avanços, como o aumento de mais de 100% nas exportações para a América do Sul,[20] fortalecendo o comércio regional. Dentre os últimos eventos a serem estudados, incluem:

A proposta de entrada da Venezuela no Mercosul;
Os recém-eleitos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa, também manifestando interesse mútuo em estreitar os laços comerciais com o Brasil.
Em 26 de março de 2009, por ocasião da visita do primeiro-ministro britânico Gordon Brown ao Brasil, Lula afirmou que a crise foi causada por "comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis".[21] A declaração deixou Brown constrangido e ganhou destaque na imprensa britânica.[22]

Polêmicas sobre a reeleição
Apesar de numerosas especulações sobre sua candidatura, fundamentadas em declarações como a do ex-ministro José Dirceu, que afirmou: "nosso projeto é para trinta anos", Lula manteve publicamente a condição de indeciso em relação à candidatura até o último momento. Alguns analistas políticos avaliaram isso como estratégia para que Lula não recebesse ataques antecipadamente, já que os escândalos de seu governo e características polêmicas de sua personalidade poderiam, segundo eles, servir de munição para a oposição.

Seu governo foi muito criticado, quando notícias saíram com estatísticas a respeito do aumento de seus gastos com publicidade durante o primeiro semestre de 2006, tendo sido gasto até 19 de julho 67,8% do que é permitido pela legislação. Não foram poupadas, também, críticas às suas viagens para inaugurações de obras. Tal comportamento, de aumentar gastos com publicidade, não foi modificado.

Em 17 de agosto de 2006, o Tribunal Superior Eleitoral condenou o candidato Lula ao pagamento de uma multa de 900 mil reais[23] por prática de propaganda eleitoral antecipada. Reconhecendo a ocorrência de propaganda eleitoral em dezembro de 2005, e portanto extemporânea, no tablóide intitulado "Brasil, um país de todos", uma publicação de responsabilidade da Casa Civil, do Ministério do Planejamento e da secretaria-geral da Presidência da República.[24]

Distinção entre candidato e presidente

Presidente Lula visita a fábrica da Companhia Brasileira de Alumínio, acompanhado por funcionários da empresa.Assim que Lula oficializou a sua candidatura, na convenção nacional do partido, dia 24 de junho (perto da data limite estabelecida por Lei), constantes críticas sobre a dificuldade de se distinguir o presidente do candidato à reeleição passaram a fazer parte da campanha eleitoral. O TSE advertiu que não aceitaria propaganda governamental institucional a partir da data da oficialização da candidatura. O governo tentou ainda encontrar uma brecha jurídica, alegando casos de necessidade pública para a continuação de campanhas televisivas sobre programas sociais do governo, tais como o Fome Zero, Bolsa Família e outros nas áreas de educação e saúde. Esse empenho não surtiu efeito e a proibição foi mantida, abrindo-se exceção apenas para o caso de empresas estatais que concorrem no mercado, sob a condição de não apresentarem logotipo ou menções ao candidato - apesar de terem sido usadas na campanha.

A elaboração de uma cartilha com o logotipo do programa Fome Zero na capa, que seria distribuída nas escolas públicas do país, recebeu críticas de mesmo teor e foi recolhida pelo TSE, que além de confiscar quarenta milhões de cartilhas, aplicou uma multa de cem mil reais e ameaçou impugnar a candidatura do PT.[25] Críticas maiores foram feitas, que alegaram uso de dinheiro público com fins eleitorais. Em um de seus discursos de campanha, Lula afirmou que não sabia quando era candidato e quando era presidente.[26]

Essa confusão de funções tem gerado na imprensa e em setores da sociedade indagações sobre a necessidade de se revisar o instrumento da reeleição. Indagações semelhantes ocorreram quando Fernando Henrique Cardoso era candidato e presidente em exercício concomitantemente.

No dia em que realizou o primeiro ato oficial de sua reeleição, Lula concedeu entrevista, e, fugindo do estigma de um segundo governo mais frouxo fiscalmente para atender demandas de seus discursos, em julho de 2006, declarou que nunca foi um "esquerdista", admitindo que em um eventual segundo mandato, prosseguiria com as políticas consideradas conservadoras adotadas no seu atual governo.[27]

Repercussão internacional de sua reeleição
A imprensa mundial fez menção a reeleição do carismático e agora "não esquerdista" Lula. Até mesmo os banqueiros de Wall Street elogiaram sua vitória, pois o antes temido representante maior da estrela vermelha petista não mais apresentaria caráter reformista. O jornal britânico "Financial Times" deu esse enfoque na matéria que publicou sobre a reeleição com o título "Wall Street também ama Lula". O "Financial Times" se baseou nas declarações aos clientes do Banco J. P. Morgan, onde disse:

" … as expectativas sobre a agenda de reformas estão baixas, o que significa que, mesmo que sejam pequenas, poderiam gerar um impacto positivo nos mercados. O tamanho da liderança do presidente Lula está diretamente relacionado com a veemência com que ele e seus ministros atacaram as reformas liberais promovidas pelo governo anterior, do PSDB. Encorajados pela responsabilidade social, alguns ministros, começaram a considerar a 'flexibilização' da lei de responsabilidade fiscal --um dos mais importantes pilares da política macroeconômica erigidos pelo PSDB. A noção de que, em um segundo mandato, Lula possa dar andamento a qualquer agenda reformista está começando a soar como fantasia."
Wall Street "ama" Lula, segundo o jornal britânico, porque a propaganda de esquerda reformista que promoveu quando era "esquerdista" hoje soa como uma fantasia.[carece de fontes?]

Casamentos e filhos

Lula e a segunda e atual esposa Marisa Letícia.Em 1969, Lula se casou com a operária mineira Maria de Lourdes da Silva, que faleceu naquele mesmo ano enquanto dava à luz ao primeiro filho do casal, que também não sobreviveu. Em 1974, teve uma filha chamada Lurian com a enfermeira Miriam Cordeiro, sua namorada na época. Mais tarde, naquele mesmo ano, se casou com a então viúva Marisa Letícia da Silva e adotou o filho dela, Marcos Cláudio. O casamento de mais de trinta anos com Marisa gerou três filhos: Fábio Luís, Sandro Luís e Luís Cláudio.

Honrarias
Grã-Cruz das Ordem do Mérito Militar, Ordem do Mérito Naval e Ordem do Mérito Aeronáutico, perpetuamente. Como Grão-Mestre destas ordens militares, automaticamente é condecorado com a Grã-Cruz;
Grão-Colar da Ordem do Cruzeiro do Sul e da Ordem do Rio Branco. Como Grão-Mestre destas ordens, automaticamente é condecorado com o mais alto grau das mesmas, de forma perpétua;
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito. Como grão-mestre desta ordem, é automaticamente condecorado com o mais alto grau da mesma, de forma perpétua;
Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário Militar;[28]
Grã-Cruz da Ordem da Águia Asteca (México);
Grã-Cruz da Ordem Real do Mérito (Noruega);
Grã-Cruz da Ordem Amílcar Cabral (Cabo Verde);
Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada (Portugal);
Grã-Cruz da Legião do Mérito Francês (França);
Grã-Cruz da Ordem da Estrela Equatorial (Gabão);[29]
Grã-Cruz da Ordem de Omar Torrijos (Panamá);[30]
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito (Argélia);[31]
Grande-Colar da Ordem da Liberdade (Portugal);[32]
Grã-Cruz da Ordem de Boyacá (Colômbia);[33]
Grão-Colar da Ordem do Elefante (Dinamarca);
Grão-Colar da Ordem Real da Espada (Suécia);
Grão-Colar da Ordem Marechal Francisco Solano López (Paraguai);[34]
Grão-Colar da Ordem Nacional do Mérito (Equador);
Grã-Cruz da Ordem da Estrela (Gana);
Grão-Colar da Ordem da Inconfidência (Minas Gerais);[35]
Grão-Colar da Ordem de Tiradentes (Minas Gerais);
Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aperipê (Sergipe);[36]
Medalha do Mérito Marechal Floriano Peixoto (Alagoas);[35]
Medalha do Mérito Santos Dumont, da Força Aérea Brasileira;
Medalha do Mérito Industrial do Brasil (Associação Brasileira de Indústria e Comércio);[37]
Prêmio Príncipe de Astúrias (Espanha);
Prêmio Amigo do Livro, da Câmara Brasileira do Livro;[38]
Prêmio Internacional Don Quixote de la Mancha (Espanha);
Doutor honoris causa pelas Universidade Federal da Bahia,[39] Universidade Federal de Pernambuco,[40] Universidade Federal de Montes Claros, Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (École d'Hautes Études en Sciences Sociales, SciencePo), Universidade Duke (Estados Unidos), Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e pela Fundação Oswaldo Cruz;
Medalha de Ouro "Aliança Internacional Contra a Fome", do Fundo das Nações Unidas contra a Fome.[41]
Cronologia sumária


Nota: Se procura pela definição de alguma outra competição denominada Copa do Mundo, consulte Campeonato Mundial

Copa do Mundo FIFA
Copa do Mundo FIFA de 2010

Esporte Futebol
Fundação 1930
Número de seleções 32
Continente Internacional (FIFA)
Atual campeão Itália
Site Oficial fifaworldcup.com
A Copa do Mundo (português brasileiro) ou Campeonato do Mundo de Futebol / Mundial (português europeu), é um torneio de futebol masculino realizado a cada quatro anos pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). A primeira edição aconteceu em 1930, no Uruguai, com a vitória da seleção da casa. Nesse primeiro mundial, não havia torneio eliminatório, e os países foram convidados para o torneio. Nos anos de 1942 e 1946, a Copa não ocorreu devido à Segunda Guerra Mundial.

O Brasil é o país que alcançou mais títulos mundiais - cinco (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) - e o único a ter vencido o torneio fora do seu continente. É também o único país a ter participado de todos os Campeonatos. Segue-se a seleção da Itália, tetracampeã (1934, 1938, 1982 e 2006); a Alemanha, tricampeã (1954, 1974 e 1990); os bicampeões Argentina (vencedora em 1978 e 1986) e Uruguai (vencedor em 1930 e em 1950); e, por fim, com um único título, as seleções da Inglaterra, campeã em 1966, e da França, campeã em 1998.

A Copa do Mundo é o segundo maior evento desportivo do mundo, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos de Verão. É realizada a cada quatro anos, tendo sido sediada pela última vez em 2006 na Alemanha, com a Itália como campeã, ficando a França em segundo lugar, o país organizador a Alemanha em terceiro e Portugal em quarto. Em 2010, terá lugar na África do Sul e, em 2014, o Brasil será o país sede, conforme anúncio da FIFA no dia 30 de outubro de 2007. Desde a Copa do Mundo de 1998 é realizada com 32 equipes participantes.

Índice [esconder]
1 História
1.1 As primeiras competições internacionais
1.2 A primeira Copa do Mundo oficial
1.3 Crescimento
2 Troféu
3 Formato
3.1 Eliminatórias
3.2 Fase final
4 Escolha das sedes
5 Cobertura dos meios de comunicação
5.1 Cobertura no Brasil
6 Primeira participação
7 Edições
8 Conquistas
8.1 Por país
8.2 Por países-sede
8.3 Por zonas continentais
9 Prêmios da Copa do Mundo
10 Recordes e estatísticas
11 Referências
12 Ligações externas


[editar] História
[editar] As primeiras competições internacionais
O primeiro amistoso internacional de futebol foi jogado em 1872, entre a Inglaterra e Escócia, num momento em que o esporte era raramente praticado fora da Grã-Bretanha. No final do século XIX o futebol começou a ganhar mais adeptos, e por isso se tornou um esporte de demonstração (sem disputa de medalhas) nos Jogos Olímpicos de Verão de 1900, 1904 e 1906, até se tornar uma competição oficial nos Jogos Olímpicos de Verão de 1908. Esse torneio, organizado pela Football Association, consistia em um evento para jogadores amadores, e na época não foi considerado uma real competição, mas sim um mero espetáculo. A seleção amadora da Inglaterra foi a campeã nas duas edições, 1908 e 1912.

Em 1914, a FIFA reconheceu o torneio olímpico como uma "competição global de futebol amador",[1] tomando para si a responsabilidade em organizá-lo. Com isso, nas Olimpíadas de 1924, houve a primeira disputa de futebol intercontinental, na qual o Uruguai sagrou-se campeão, feito repetido na Olimpíada seguinte.[2] Advém destas conquistas, o apelido com que a seleção uruguaia é conhecida até hoje - "Celeste olímpica". Em 28 de Maio de 1928, a FIFA decidiu pela criação de um próprio campeonato mundial, iniciando a partir de 1930. Na seqüência das comemorações do centenário da independência do Uruguai, em 1928, aliada às conquistas olímpicas do futebol daquele país, decidiu-se que a sede da competição seria no país sul-americano.

[editar] A primeira Copa do Mundo oficial

O Estádio Centenário, local da primeira final da Copa do Mundo, em 1930, na cidade de Montevidéu, Uruguai.Só treze seleções participaram da primeira Copa, sete da América do Sul (Uruguai, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru), quatro da Europa (Bélgica, França, Jugoslávia e Roménia) e duas da América do Norte (México e EUA). Muitas seleções européias desistiram da competição devido à longa e cansativa viagem pelo Oceano Atlântico.

As duas primeiras partidas da Copa ocorreram simultaneamente, sendo vencidas pela França e EUA, que venceram a México por 4 a 1 e a Bélgica por 3 a 0, respectivamente. O primeiro golo em Copas do Mundo foi marcado pelo jogador francês Lucien Laurent. A final foi entre o Uruguai e a Argentina, tendo os uruguaios vencido o jogo por 4 a 2, no Estádio Centenário, em Montevidéu, com um público estimado de 93 mil espectadores.[3]

O artilheiro deste torneio foi o argentino Guillermo Stábile.

[editar] Crescimento

Globo em forma de bola de futebol em Nuremberg, Alemanha, como propaganda da Copa do Mundo de 2006. O torneio cresceu ao longo do tempo até se tornar a maior competição esportiva do planeta.Os problemas que atrapalhavam as primeiras edições do torneio eram as dificuldades da época para uma viagem intercontinental. Nas Copas de 1934 e 1938, realizadas na Europa, houve uma pequena participação dos países sul-americanos. Vários deles boicotaram o Copa de 1938 que, de acordo com o rodízio, deveria ser na América. Já as edições de 1942 e 1946 foram canceladas devido à Segunda Guerra Mundial.

A Copa do Mundo de 1950 foi a primeira a ter participantes britânicos. Eles tinham se retirado da FIFA em 1920, por se recusarem a jogar com países que tinham guerreado recentemente e por um protesto da influência estrangeira no futebol, já que o esporte era uma "invenção" britânica e esses países consideravam que o mesmo tinha sido deturpado pelo modo de jogar estrangeiro.[4] Contudo, eles voltariam a ser membros da FIFA em 1946. O torneio também teve a volta da participação do Uruguai, que tinha boicotado as duas edições anteriores.

Nas Copas de 1934 até 1978 havia 16 seleções classificadas para a fase final (exceto nos raros casos onde houve desistência). A maioria era da América Latina e Europa, com uma pequena minoria da África, Ásia e Oceania. Essas seleções normalmente não passavam da primeira fase, sendo facilmente derrotadas (com exceção da Coréia do Norte, que chegou às quartas-de-final em 1966).

A fase final foi expandida para 24 seleções em 1982, e 32 em 1998, permitindo que mais seleções da África, Ásia e América do Norte pudessem participar. Nos últimos anos esses novos participantes têm conseguido se destacar mais, como Camarões chegando as quartas-de-final em 1990, Senegal e EUA passando às quartas-de-final em 2002, ainda com a Coréia do Sul chegando ao quarto lugar na mesma Copa.

[editar] Troféu
Ver artigo principal: Troféu da Copa do Mundo

Troféu da Copa do Mundo FIFA, em um Selo postal alemão.De 1930 a 1970 a Taça Jules Rimet era dada aos campeões de cada edição. Inicialmente conhecida como Taça do Mundo ou Coupe du Monde (em francês), foi renomeada em 1946 em homenagem ao presidente da FIFA responsável pela primeira edição do torneio, em 1930. Em 1970, com a terceira vitória da seleção brasileira a mesma ganhou o direito ter a posse permanente da taça. Contudo, ela foi roubada da sede da CBF em dezembro de 1983, e nunca foi encontrada. Acredita-se que os ladrões a tenham derretido.[5]

Depois de 1970 uma nova taça, chamada Troféu da Copa do Mundo FIFA ou FIFA World Cup Trophy (em Inglês), foi criada. Diferentemente da Taça Jules Rimet, ela não irá para qualquer seleção, independente do número de títulos. Argentina, Alemanha, Brasil e Itália são os maiores ganhadores dessa nova taça, com dois títulos cada um. Ela só será trocada quando a placa em seu pé estiver totalmente preenchida com os nomes dos campeões de cada edição, o que só ocorrerá em 2038.

[editar] Formato
[editar] Eliminatórias
Ver artigo principal: Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA
Desde a segunda edição do torneio, em 1934, eliminatórias têm sido feitas para diminuir o tamanho da fase final. Elas são disputadas nas seis zonas continentais da FIFA (África, Ásia, América do Norte e América Central e Caribe, Europa, Oceania e América do Sul) organizadas por suas respectivas confederações. Antes de cada edição do torneio a FIFA decide quantas vagas cada zona continental terá direito, levando em conta fatores como número de seleções e força de cada confederação. O lobby dessas confederações por mais vagas também costuma ser bastante comum.

As eliminatórias podem começar três anos antes da fase final, e duram um pouco mais que dois anos. O formato de cada eliminatória difere de acordo com cada confederação. Normalmente uma ou duas vagas são reservadas para os ganhadores dos play-offs internacionais. Por exemplo, o campeão da eliminatória da Oceania e o quinto colocado da América do Sul disputaram um play-off para decidir quem ficaria com a vaga da fase final Copa do Mundo de 2006.[6] Da Copa de 1938 para cá os campeões de cada edição eram automaticamente classificados para a próxima Copa, sem precisar passar pelas suas eliminatórias. Contudo, a partir da edição de 2006 o campeão é obrigado a se classificar normalmente como qualquer outra seleção. O Brasil, vencedor em 2002, foi o primeiro campeão a ter que disputar uma eliminatória para a Copa seguinte..[7] Hoje apenas o país sede está automaticamente classificado.

[editar] Fase final
A fase final do torneio tem 32 seleções competindo por um mês no país anfitrião. A fase final é dividida em duas fases: a fase de grupos e a fase do mata-mata, ou eliminatória.

Na primeira fase (grupos) as seleções são colocadas em oito grupos de quatro participantes. Oito seleções são a cabeça-de-chave de cada grupo (as seleções consideradas mais fortes) e as outras são sorteadas. Desde 1998 o sorteio é feito com que nunca mais de duas seleções européias e mais que uma seleção da mesma confederação fiquem no mesmo grupo. Na fase de grupos cada seleção joga uma partida contra as seleções de seu grupo, e as duas que mais pontuarem se classificam para a fase do mata-mata. Desde 1994 a vitória numa partida vale três pontos, o empate um e a derrota nenhum. Antes, cada vitória valia dois pontos.

A fase de mata-mata é uma fase de eliminação rápida. Cada seleção joga apenas uma partida em cada estágio da fase (oitavas-de-final, quartas-de-final, semifinal e final) e a vencedor passa para o próxima estágio. Em caso de empate no tempo normal a partida é levada para a prorrogação e se o empate persistir há a disputa de pênaltis. As duas seleções eliminadas da semifinal fazem um jogo antes da final para decidirem o terceiro e quarto lugar.

[editar] Escolha das sedes
Nas primeiras edições as sedes eram escolhidas em encontros nos congressos da FIFA. As escolhas eram sempre polêmicas devido a longa viagem da América do Sul à Europa (e vice-versa), as duas grande potências futebolísticas da época (e ainda hoje). A decisão da primeira Copa ser no Uruguai, por exemplo, levou à participação de apenas quatro seleções da Europa.[8] As duas Copas seguintes foram na Europa. A decisão de sediar a Copa do Mundo de 1938 na França foi outra grande polêmica, já que os países americanos desejavam um sistema rotativo de sedes. Ou seja, uma edição na Europa e a seguinte na América do Sul. Como a Copa de 1934 tinha sido na Itália, a sede da edição de 38 teria que ser teoricamente na América do Sul, o que de fato não ocorreu. Isso fez com que tanto o Uruguai e a Argentina boicotassem o torneio.[9]

Após a Segunda Guerra Mundial para evitar qualquer tipo de boicote ou controvérsia a FIFA adotou o padrão de rotacionar as sedes entre a América e a Europa, que foi usado até a Copa do Mundo de 1998. A edição de 2002, que teve como sede tanto Japão quanto Coréia do Sul foi a primeira sediada fora desses dois continentes. Já a edição de 2010 será a primeira na África, mais precisamente na África do Sul.

Em 30 de Novembro de 2007 foi decidido que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil. As 12 cidades sedes dos jogos foram definidas no dia 31 de maio de 2009, em anúncio oficial da FIFA na cidade de Nassau, capital das Bahamas. São elas: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife/Olinda (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

O sistema de escolha da sede evoluiu ao longo dos tempos, sendo hoje escolhido pela comitê executivo da FIFA, seis anos antes da Copa.

[editar] Cobertura dos meios de comunicação
A primeira Copa do Mundo a ser televisionada foi a edição de 54, porém, somente para oito países europeus. Hoje o evento é a competição esportiva mais assistida em todo o mundo, ultrapassando os Jogos Olímpicos.[10] A audiência total da Copa do Mundo de 2002 foi estimada em 2,8 bilhões de telespectadores, sendo que 1,1 bilhões assistiram à partida final. O sorteio, que decidiu a distribuição das seleções nos grupos foi acompanhada por mais de 300 milhões de pessoas.[11]

Cada Copa do Mundo têm como símbolo uma mascote. Willie foi o primeiro, em 1966. As mascotes da Copa do Mundo de 2006 foram Goleo, um leão, e Pille, uma bola de futebol.

[editar] Cobertura no Brasil
No Brasil, a única emissora de TV aberta que detém os direitos de transmissão é a Rede Globo. Desde 2002, a emissora carioca exibe o evento de forma exclusiva. Na TV por assinatura, os canais como Sportv, ESPN Brasil, e BandSports exibem a Copa. Também no Brasil, outras emissoras da TV aberta exibiram o evento como a Rede Bandeirantes(1970 - 1998), Rede Record(1982 - 1998), o SBT (1986 - 1998), a Rede Manchete (1986 - 1998) e a TV Cultura (1974 - 1982).

A primeira Copa transmitida pela TV foi a de 1954, porém as imagens eram em preto e branco e somente para a Europa. Para o Brasil havia apenas transmissão por rádio. Também somente por rádio foi a transmissão para o Brasil das Copas de 1954, 1958 e 1966, porém, já havia disponibilidade de filmes e "video-tapes" na TV.

A primeira Copa transmitida ao vivo para o Brasil foi a de 1970, em preto e branco. apenas um pequeno grupo seleto assistiu ao vivo a cores. Na Copa de 1974 se iniciou a transmissão de Copas do Mundo a cores para o Brasil.




[editar] Primeira participação
A cada Copa do Mundo pelo menos uma seleção participa da competição pela primeira vez:

Ano Nº Equipes Nº de estreantes Seleções estreantes
1930 13 13 Argentina Bélgica Bolívia Brasil Chile França México Paraguai Peru Romênia Estados Unidos Uruguai Iugoslávia(1)
1934 16 10 Áustria Tchecoslováquia(2) Egito Alemanha(3) Hungria Itália Países Baixos Espanha Suécia Suíça
1938 16 4 Cuba Índias Orientais Neerlandesas(4) Noruega Polônia
1950 13 1 Inglaterra
1954 16 4 Coreia do Sul Escócia Turquia Alemanha Ocidental(3)
1958 16 3 União Soviética(7) País de Gales Irlanda do Norte
1962 16 2 Bulgária Colômbia
1966 16 2 Portugal Coreia do Norte
1970 16 3 El Salvador Israel Marrocos
1974 16 4 Austrália Alemanha Oriental(3) Haiti Zaire(5)
1978 16 2 Irã Tunísia
1982 24 5 Argélia Camarões Honduras Kuwait Nova Zelândia
1986 24 3 Canadá Dinamarca Iraque
1990 24 3 Costa Rica Irlanda Emirados Árabes Unidos
1994 24 4 Grécia Nigéria Arábia Saudita Rússia(7)
1998 32 4 Croácia Jamaica África do Sul Japão
2002 32 4 China Equador Senegal Eslovénia
2006 32 8 Angola Costa do Marfim Gana Togo Trinidad e Tobago Ucrânia República Tcheca(2) Sérvia e Montenegro(6)
2010 32 2 Sérvia(6) Eslováquia(2)
2014 32

(1):O Reino da Iugoslávia (1930) e a República Socialista Federativa da Iugoslávia (1950-1990) se classificaram oito vezes para a Copa do Mundo com o nome de Iugoslávia antes da separação das repúblicas em 1992. Essa seleção é considerada distinta da que se classificou em 98, também Iugoslávia, mas com a configuração de Sérvia e Montenegro, classificada também em 2006. Tal seleção é considerada a predecessora das seleções da Sérvia e de Montenegro. O mesmo caso se aplica as outras nações resultantes do processo de separação: Croácia, Eslovênia, Bósnia e Herzegovina e República da Macedônia.
. Atualmente Sérvia e Montenegro são dois países distintos, sendo que as conquistas da antiga Ioguslávia pertencem ao novo país chamado Sérvia.

(2):A Tchecoslováquia foi divida em Eslováquia e República Checa em 1993. As duas seleções formadas a partir de então são consideradas distintas da Tchecoslováquia.
(3):A Alemanha jogou em 1934 unificada. Após a Segunda Guerra Mundial seu território foi dividido em Ocidental e Oriental. A Seleção Ocidental é a tricampeã mundial, enquanto a Oriental participou somente em 1974. A reunificação das duas Alemanhas se deu em 1991, e em 1994 a Seleção Alemã voltou a disputar uma Copa do Mundo como um país só.
(4): A Indonésia competiu como as Índias Orientais Holandesas em 1938.
(5):A República Democrática do Congo competiu como Zaire em 1974.
(6):O Reino da Iugoslávia (1930) e a República Socialista Federal da Iugoslávia (1950-1990) se classificaram oito vezes para a Copa do Mundo antes da separação das repúblicas iugoslavas a partir de 1992: Sérvia e Montenegro, Croácia, Eslovênia, Bósnia e Herzegovina e República da Macedônia. Em 1998, a Iugoslávia (que se já limitava a um território bastante menor que o inicial) participou também na copa. Em 2006, quem disputou a Copa foi Sérvia e Montenegro, sendo que a separação dos países já havia ocorrido, porém, as duas federações resolveram disputar o torneio juntas. A partir das eliminatórias para a Copa de 2010, Montenegro e Sérvia disputam a competição separadas.
(7):A Rússia é considerada a sucessora natural da Seleção da antiga União Soviética, após a divisão deste país em diversas repúblicas, dentre as quais estão a Rússia - onde fica a capital da antiga URSS (Moscou) - que estreou na Copa de 1994, e a Ucrânia, que estreou em 2006. As demais repúblicas que surgiram da divisão da URSS ainda não conseguiram classificar-se para uma Copa do Mundo.
[editar] Edições
Ano Sede Final Disputa do 3º lugar
Vencedor Placar Vice-campeão 3º lugar Placar 4º lugar
1930
Detalhes
Uruguai
Uruguai 4 - 2
Argentina
Estados Unidos

Iugoslávia s/d(1)
1934
Detalhes
Itália
Itália 2 - 1
prorr.
Tchecoslováquia
Alemanha 3 - 2
Áustria
1938
Detalhes
França
Itália 4 - 2
Hungria
Brasil 4 - 2
Suécia
1950
Detalhes
Brasil
Uruguai 2 - 1(2)
Brasil
Suécia s/d(2)
Espanha
1954
Detalhes
Suíça
Alemanha Oc. 3 - 2
Hungria
Áustria 3 - 1
Uruguai
1958
Detalhes
Suécia
Brasil 5 - 2
Suécia
França 6 - 3
Alemanha Oc.
1962
Detalhes
Chile
Brasil 3 - 1
Tchecoslováquia
Chile 1 - 0
Iugoslávia
1966
Detalhes
Inglaterra
Inglaterra 4 - 2
prorr.
Alemanha Oc.
Portugal 2 - 1
União Soviética
1970
Detalhes
México
Brasil 4 - 1
Itália
Alemanha Oc. 1 - 0
Uruguai
1974
Detalhes
Alemanha Ocidental
Alemanha Oc. 2 - 1
Países Baixos
Polônia 1 - 0
Brasil
1978
Detalhes
Argentina
Argentina 3 - 1
prorr.
Países Baixos
Brasil 2 - 1
Itália
1982
Detalhes
Espanha
Itália 3 - 1
Alemanha Oc.
Polônia 3 - 2
França
1986
Detalhes
México
Argentina 3 - 2
Alemanha Oc.
França 4 - 2
prorr.
Bélgica
1990
Detalhes
Itália
Alemanha Oc. 1 - 0
Argentina
Itália 2 - 1
Inglaterra
1994
Detalhes
EUA
Brasil 0 - 0
(3 - 2) p.
Itália
Suécia 4 - 0
Bulgária
1998
Detalhes
França
França 3 - 0
Brasil
Croácia 2 - 1
Países Baixos
2002
Detalhes
Coréia do Sul & Japão
Brasil 2 - 0
Alemanha
Turquia 3 - 2
Coréia do Sul
2006
Detalhes
Alemanha
Itália 1 - 1
(5 - 3) p.
França
Alemanha 3 - 1
Portugal
2010
Detalhes
África do Sul
2014
Detalhes
Brasil

1 Não houve disputa de terceiro lugar oficial na Copa do Mundo de 1930; Os Estados Unidos e a Iugoslávia perderam nas semifinais, e ambas são consideradas como classificadas na terceira colocação no torneio.
2 Não houve uma partida final oficial na Copa do Mundo de 1950. O torneio foi decidido em um grupo final disputado por quatro seleções. Contudo, a vitória do Uruguai sobre o Brasil por 2 a 1 foi a partida decisiva e que colocou os uruguaios à frente em pontos e assegurou-lhes terminar acima dos outros do grupo como campeões mundiais.
[editar] Conquistas
[editar] Por país

Mapa dos países campeões.
O Brasil é o país que mais vezes conquistou a Copa do Mundo.Ao todo 207 seleções já competiram por uma vaga na Copa do Mundo, e 78 nações já se classificaram para a mesma pelo menos uma vez. Desses, só 11 já chegaram a final, e só 7 ganharam.

Com cinco vitórias em sete finais, e participação em todas as edições do torneio, o Brasil é a seleção mais vitoriosa da competição. Junto com a Alemanha, também é a equipe que mais vezes chegou a final - foram sete vezes, sendo que na Copa do Mundo de 2002 envolveu um confrontro direto entre as duas, que foi vencido pelo Brasil.

Brasil e Alemanha são também as únicas equipes a participarem de três finais consecutivas (1994, 1998, 2002 e 1982, 1986, 1990, respectivamente). O Brasil ganhou duas (1994, 2002) e a Alemanha uma (1990; todas como Alemanha Ocidental). Das dezoito finais só duas tiveram uma repetição de antigos confrontos: Brasil e Itália se enfrentaram em 1970 e 1994, e Alemanha Ocidental e Argentina em 1986 e 1990. Os resultados, entretanto, foram diferentes: o Brasil venceu a Itália nas duas finais em questão e Argentina e Alemanha venceram uma final cada no seu duelo particular (a Argentina triunfou em 86 e a Alemanha em 90). Outra diferença é que a final entre a "azurra" e a "canarinho" demorou 24 anos para se repetir, enquanto que as finais entre argentinos e alemãos ocorrem em duas copas seguidas, aumentando ainda mais o sabor de "revanche" em 1990. O Brasil, porém, é a única seleção a ter participado a todas as copas.

Individualmente, apenas uma única vez o país que possuía mais títulos mundiais abriu mais de um título de vantagem para o segundo em número de conquistas: o Brasil, que em 2002 sagrou-se campeão pela quinta vez, deixando Alemanha e Itália juntas na segunda posição da lista com três títulos cada. Antes disso, a diferença sempre foi de apenas um título (e voltou a ser de apenas um após o tetracampeonato italiano em 2006): o Uruguai venceu a primeira Copa. Nas duas seguintes, o título ficou com a Itália, que passou a liderar a lista com dois títulos contra um uruguaio. Na quarta Copa do Mundo, os celestes empataram a disputa ao vencerem o torneio no Brasil. A lista só teve a liderança alterada em 1970, quando o Brasil assumiu a ponta com três títulos. Em 1982, a Itália empatou com os canarinhos na liderança, e esta passou a ser tripla em 1990, quando a Alemanha juntou-se ao "clube" dos tricampeões mundiais. Na Copa seguinte, em 1994, o Brasil isolou-se como maior vencedor, agora com quatro títulos, um a mais em relação a italianos e alemães. Finalmente, em 2002, com o penta, o Brasil abriu a inédita vantagem de dois títulos em relação aos "segundos colocados" na lista dos maiores campeões mundiais, mas a diferença voltou a ser de um título após o tetra italiano, conquistado em 2006.

Os campeões têm o direito de adicionar à sua camisa o número de estrelas proporcional ao número de títulos.

Abaixo há a lista de seleções que já terminaram pelo menos na quarta posição numa Copa do Mundo. A Alemanha é a primeira, com onze términos entre os quatros primeiros. Em amarelo os sete campeões mundiais.

Seleção Títulos Vice Terceiro Quarto
Brasil 5 (1958, 1962, 1970, 1994, 2002) 2 (1950*, 1998) 2 (1978, 1938) 1 (1974)
Itália 4 (1934*, 1938, 1982, 2006) 2 (1970, 1994) 1 (1990*) 1 (1978)
Alemanha 3 (1954, 1974*, 1990) 4 (1966, 1982, 1986, 2002) 3 (1934, 1970, 2006*) 1 (1958)
Argentina 2 (1978*, 1986) 2 (1930, 1990) - -
Uruguai(3) 2 (1930*, 1950) - - 2 (1954, 1970)
França 1 (1998*) 1 (2006) 2 (1958, 1986) 1 (1982)
Inglaterra 1 (1966*) - - 1 (1990)
Países Baixos - 2 (1974, 1978) - 1 (1998)
Hungria - 2 (1938, 1954) - -
Tchecoslováquia - 2 (1934, 1962) - -
Suécia - 1 (1958*) 2 (1950, 1994) 1 (1938)
Polônia - - 2 (1974, 1982) -
Áustria - - 1 (1954) 1 (1934)
Iugoslávia - - 1 (1930)(1) 1 (1962)
Portugal - - 1 (1966) 1 (2006)
Estados Unidos - - 1 (1930)(1) -
Chile - - 1 (1962*) -
Croácia - - 1 (1998) -
Turquia - - 1 (2002) -
Espanha - - - 1 (1950)
União Soviética - - - 1 (1966)
Bélgica - - - 1 (1986)
Bulgária - - - 1 (1994)
Coreia do Sul - - - 1 (2002*)

*Sedes
3Antes da primeira Copa do Mundo o campeonato mundial de futebol era considerado por muitos o torneio de futebol das Olimpíadas de Verão, disputados por duas vezes, em 1924 e 1928, e vencidos pelo Uruguai. Por isso, muitos uruguaios se consideram quatro vezes campeões mundiais mesmo sem nenhum respaldo oficial da FIFA.
[editar] Por países-sede
Dos sete campeões seis ganharam pelo menos um título jogando em seu país. A exceção é o Brasil, que perdeu a final da Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai.

Quatro dos sete Campeões mundiais já venceram Copas na sede de algum outro Campeão: Itália na França, Uruguai no Brasil, Alemanha na Itália, Itália na Alemanha.

Inglaterra e França ganharam sua única Copa do Mundo em seu país (1966 e 1998 respectivamente). Uruguai e Argentina obtiveram seu primeiro título como sedes, para depois ambos ganharem mais uma Copa do Mundo.

Nações consideradas como fracas também costumam obter bons resultados quando jogando em casa - a Suécia foi vice-campeã, na Copa do Mundo de 1958, o Chile ficou em terceiro lugar na Copa do Mundo de 1962 e a Coréia do Sul ficou em quarto lugar na Copa do Mundo de 2002, tendo antes disso nunca passado da primeira fase. De fato, nunca uma seleção anfitriã não passou da primeira fase do torneio.

Ano País-sede Colocação
1930 Uruguai Campeão
1934 Itália Campeã
1938 França Quartas de final
1950 Brasil Vice-campeão
1954 Suíça Quartas de final
1958 Suécia Vice-campeã
1962 Chile Terceiro lugar
1966 Inglaterra Campeã
1970 México Quartas de final
1974 Alemanha Ocidental Campeã
1978 Argentina Campeã
1982 Espanha Oitavas de final
1986 México Quartas de final
1990 Itália Terceiro Lugar
1994 Estados Unidos Oitavas de final
1998 França Campeã
2002 Coreia do Sul Quarto lugar
Japão Oitavas de final
2006 Alemanha Terceiro lugar
2010 África do Sul
2014 Brasil

[editar] Por zonas continentais
Até agora a Copa do Mundo só foi ganha por seleções sul-americanas e européias. Curiosamente, nunca foi mantida uma diferença maior de um campeonato de diferença entre esses dois continentes, e também nenhuma seleção européia ganhou uma Copa do Mundo fora da Europa. Outro dado curioso é que apenas uma vez houve vitória no continente europeu de uma seleção não-européia o Brasil em 1958 na Suécia. A seleção do Brasil é a única a vencer fora de seu continente (1958 na Suécia e 2002 na Coréia do Sul/Japão).

Continente Melhores resultados
América 9 títulos, ganhos pelo Brasil, Argentina e Uruguai
Europa 9 títulos, ganhos pela Itália, Alemanha, Inglaterra e França
Ásia Quarto lugar (Coréia do Sul, 2002)
África Quartas de final (Camarões, 1990; Senegal, 2002)
Oceania Oitavas de final (Austrália, 2006)

[editar] Prêmios da Copa do Mundo

Ronaldo, campeão da Chuteira de Ouro em 2002 e o maior goleador de todas as copas.Ver artigo principal: Prêmios da Copa do Mundo FIFA
Ao final de cada edição da Copa do Mundo, diversos prêmios são atribuídos aos jogadores e seleções que se distinguiram do resto, em diferentes aspectos do jogo.

Há, atualmente, sete prêmios:

A Chuteira de Ouro para o artilheiro;
A Bola de Ouro para o melhor jogador;
O Prêmio Yashin para o melhor goleiro;
O Prêmio Fair Play da FIFA para o time com as melhores marcas de fair play (jogo limpo);
O prêmio de Seleção Mais Divertida.
O Prêmio Gillete do Melhor Jogador Jovem para o melhor jogador até os 21 anos.
O prêmio Time das Estrelas Mastercard, time dos 23 melhores jogadores da competição na opinião de um grupo técnico da FIFA.
[editar] Recordes e estatísticas

Bolas e chuteiras das copas vencidas pelo Brasil, loja da Nike, Londres.Ver artigo principal: Recordes da Copa do Mundo
Maior vitória: Hungria 9-0 Coréia do Sul, 1954; Iugoslávia 9-0 Zaire, 1974; Hungria 10-1 El Salvador, 1982.
Partidas com mais gols: Áustria 7-5 Suíça, 1954; Hungria 8-3 Alemanha, 1954; Brasil 6-5 Polônia, 1938; Hungria 10-1 El Salvador, 1982.
Jogador com maior número de gols numa partida: Oleg Salenko, com cinco gols no jogo Rússia - Camarões na Copa do Mundo de 1994.
Gol mais rápido: Hakan Şükür, onze segundos, Turquia - Coréia do Sul, 2002.
Maior número de Copas: Antonio Carbajal (México, 1950-1966) e Lothar Matthäus (Alemanha Ocidental e Alemanha, 1982-1998), cinco.
Maior número de jogos: Lothar Matthäus (Alemanha Ocidental e Alemanha, 1982-1998), 25.
Maior número de gols em Copas do Mundo: Ronaldo (Brasil, 1994-1998-2002-2006), 15.
Maior número de gols numa única edição: Just Fontaine, 13, 1958.
Jogador mais velho a marcar: Roger Milla, 42 anos e 39 dias, Camarões - Rússia, 1994.
Gol contra mais rápido: Fabrizio Graklhia, 3 minutos e 27 segundos, Polonia - Romenia Copa do mundo de 1978
Jogador mais jovem a marcar: Pelé, 17 anos e 239 dias, Brasil - País de Gales, 1958.
Maior seqüência de vitórias: Brasil, onze (sete em 2002 e quatro em 2006).
Maior seqüência de vitórias de um treinador: Felipão, onze no total (sete em 2002 pelo Brasil e quatro em
2006 por Portugal).

Maior participação: Brasil (Todas as edições).

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